Sexualidade: da identidade à ágora política.

A luta contra a identidade padronizada está cada vez mais ceifando a diversidade real, criando por assim dizer um padrão de “contra-padrão” onde todos hiper-identificados com a identidade institucionalizada por movimento x ou y perdendo a auto-crítica do desenvolvimento da personalidade individual.

O que quero dizer, é que para se inserir em determinado grupo, sempre houve uma certa “padronização” de personalidade individual para se adequar ao grupo. Dos roqueiros aos hippies nos anos 70-90, nos anos 2000 tal diversidade afunilou, criando outros guetos, os chamados rocks-pops, os indies ou alternativos.

Tal hiper-identidade deixou de ser por gosto ou estilo, passou para esfera sexual e dessa para esfera política, criando assim, grupos de identificação sexual personalizada na atuação política, o que é uma visibilidade, ou melhor dizendo, um RECONHECIMENTO dos indivíduos que assumem pertencer a tal grupo. Entretanto, a pratica sexual deve-se se manter de cunho intimo-privado, para que tal reconhecimento não caía na banalização pós-moderna, ou como dizia Bauman, na Modernidade Líquida.

As condutas de ódio assumidas contra tais grupos pertencentes assumidos e reconhecidos como tal, deve ser rigidamente punidas, quando tal conduta subjuga a vida de um ser humano, entretanto, as condutas de cunho morais, deve-se dar lugar a conscientização em políticas ativas de ressocialização como atuação não remunerada em casas de abrigo e apoio as crianças e adolescente vítimas de abandono e maus tratos decorrentes de sua condição sexual, trabalho de estudo e cooperação na conscientização política acerca das condutas incoerentes a um Estado Democrático de Direito, livre e pacifico.

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