De mar em mar naveguei
E cheguei a diversos amores
De amor em amor me magoei
E sofri horrores, naveguei sem saber
E nessa idas e vindas de amor e solidão
Aprendi que amar mesmo é do caralho!
Amar de verdade é se amar
E quem se ama não vai somente pra cama
Quem tem amor pra dar sabe sopesar
Entre contemplação e ação
Ora me perco revendo linhas e formas
Ora mergulho fundo deslizando por silhuetas
Ah como é bom ser poeta e poder contar
Expressar nos mínimos detalhes cada sensação
Poderia me perder em adjetivos que talvez nem existam
Mas para um coração não há expressão para sua língua
Linguagem que extravasa qualquer código ou sinal
És tu, alguém que aqui ou ali estais sempre a me punir
Puna-me de desejo, puna-me de tesão
Depois me veda qualquer concretização
Imagem: Escultura de Diet Wiegman – Atlas off Balance