Todos temos uma opinião acerca de tudo. Todos temos a solução para as dificuldades e problemas dos outros. Mas nunca somos a solução para as dificuldades e problemas dos outros, por vezes, nem de nós mesmos.
A ideia é muito simples, é uma analogia com o apadrinhamento afetivo/financeiro de crianças em vulnerabilidade afetiva e financeira, sendo assim uma mão solidária que ajudará a criança a crescer e se desenvolver de forma saudável e segura.
Entretanto não são apenas as crianças que necessitam de solidariedade. Reclamos do nosso sistema de ensino, mas o que estamos fazendo para melhorar? Além de reclamar, é difícil encontrar e juntar pessoas com força de vontade e que tenha esperança, de verdade, que tais atitudes possa mudar.
Geralmente pensamos que o Estado tem que nos dar tudo da forma que desejamos receber. Só que o Estado é um ente abstrato, com agentes reais de interesse privado, aqueles que compõem a conhecida “carreira pública” – e não FUNÇÃO pública…
Muitos estudantes, de qualquer grau de escolaridade, mal tem dinheiro pra comer, se locomover etc., universitários de faculdades públicas e privadas (com bolsa) tem que se sacrificar para estudar e trabalhar, não desempenhando nenhuma de suas funções com excelência. Alguns pensa que isso é papo de preguiçoso, pode até ser para alguns, mas aqueles que trabalham e estudam, sabem o quanto é fod@, e acabam privilegiando o trabalho para sobreviver do que o estudo com qualidade que, mais cedo ou mais tarde, voltará para a sociedade. Como?
Bem, imagine você ser atendido por um médico que não teve a oportunidade de se dedicar apenas aos estudos… lembre-se que para você “passar”, ou seja, ser aprovado numa disciplina o MEC determina APENAS 60% de aproveitamento das matérias. Mas não é só médico capacitados que afetaram a sociedade como um todo, temos advogados, engenheiros, enfermeiros, professores etc. que poderiam ser melhor do que podem ser.
Veja, o Brasil investe pesado em economia de 3º mundo, que é o agronegócio, no entanto o sistema de ensino está na Idade das Trevas, em sua grande maioria são aulas expositivas (falada pelo professor, ouvida passivamente pelo aluno) havendo outros métodos mais eficientes. Mas esse não é o foco, voltemos a ideia central.
Se aqueles que têm condições se unirem, somado aos benefícios assistenciais já existentes, os mínimos beneficiados com tais atitudes poderiam gozar de uma atenção aprofundado aos estudos. A longo prazo, tais estudantes serão melhor capacitados, haverá mais empreendedores voltados para a crítica e para a inovação tecnológica. Não só isso, é um fato que pessoas com as necessidades mais básicas supridas serão pessoas mais felizes e com o ensino adequado e cidadão não haverão de pensar apenas no privado. Um médico, um advogado ou um engenheiro, no sistema atual vão pensar em ganhar dinheiro, mas esse NÃO pode ser APENAS o foco, e sim o bem-social oriundo desse trabalho.
Alguns meios para se formar tais benefícios comuns são as livres associações dos cidadãos, que por interesse comum, unam-se para poupar e/ou compor um fundo que possibilite da forma mais justa e menos burocrática possível para dar tais acesso.
E ao meu ver, estudantes de boas notas não deveria ser critério absoluto, como muito se vê por aí, e sim o caráter social da qual o individuo está inserido. Muitos tem grandes capacidades, apenas não estão inseridos no meio correto para desenvolve-las.