Por entre as belezas do céu e do inferno prefiro o limbo.
Uma imensidão de vazio que não se pode definir,
Não é aqui nem ali ou acolá.
E nessa indefinição propriamente literária ou filosófica,
Posso ser o que me convir a ser dentro da minha mente.
Obviamente, somos o que queremos ser em estado latente.
Mas por que prefiro ser o que não posso ser? Algo indefinido e sem sentido.
Quem me dera ser como o espaço, sem lado.
Ou uma figura geométrica perfeita, um círculo, aberto.
Deixo de ser perfeito e indefinido quando me ponho ao mundo.
Talvez mais importante que interpretar um texto,
Seja interpretar o mundo! O que são tais pessoas?
A natureza tão controversa do ser humano. Insano!
A natureza tão concisa do mundo. Mundano!
A natureza tão irreal. Realidade!