Refletindo sobre a beleza, constato que o belo, portanto àquilo que me apetece, tende a seguir um padrão estético tão intimo quanto minha própria personalidade, formalizando em meu ser o que é que me atraí, o que constato como belo.
No entanto, o belo transpassa a matéria, vai além das formas físicas, das características tão cultuada em nossa sociedade. Para mim, o belo, chega a um nível intelectual de interação com o outro, que no primeiro momento se apresenta fisicamente, e posteriormente, só perdura com o interagir dos pensamentos mais íntimos aos mais peculiares e vulgares.
No corpo, pontos que chama-me por meus olhos, contornos que como imãs, puxam incontrolavelmente minha atenção. Olhos meigos, por vezes dispersos; sorriso ingenuo e inesperado, aquele contorno do qual prevalece; ombros desnudos; mãos finas e um tanto que delicada e firmes; barriga simples com quadris afinados. braços e pernas finas sem que por isso apresente falta de força.
Pois o belo, que a cada um lhe é peculiar, não só é buscado inconscientemente, como é a finalidade de um deslumbre, de uma contemplação, ora sexual ora espiritual. Que lhe faz sentir-se tão nostálgico que a garganta fecha e as palavras se emudecem. Os olhos inquietos, pulam aqui e acolá pelo obra vislumbrada. Um toque de paixão, audácia, malicia e melancolia.