Hipocrisia! Do grego hupokrisis, do latim hypocrisis significa ator, atuação, fingimento etc. no sentido artístico. Anos mais tarde – centenas de anos… – significa hoje em nossa sociedade a característica do que é hipócrita; falsidade, dissimulação e/ou ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade.
Nosso dia a dia
Será que quando você acorda você pensa: “hoje serei autêntico!” (???)
Ou será que aquela segunda-feira onde tudo está errado e a sociedade como um todo lhe EXIGE que você mantenha o bom humor e aja como um programa de computador, respondendo a todos os estímulos de forma programa e automática com “aquele” sorrisão no rosto de orelha a orelha?
Você já foi hipócrita?
Se a resposta for não, provavelmente estará se equivocando na auto-reflexão. O simples fato de dissimular a existência ou inexistência de determinada vontade de agir e sentir já pode caracterizar a conduta hipócrita. Todos somos hipócritas e a sociedade exige de nós a hipocrisia!
Quantas vezes já foi hipócrita hoje?
Acordei com uma tremenda preguiça, ainda sim me dispus a levantar da cama, seguir toda a rotina e então ir ao trabalho sem a menor vontade de lá estar. Cheguei lá e me deparo com meu chefe ligado no 220v na tentativa de me motivar, automaticamente mudo minha feição e me mostro disposto a atingir suas expectativas, mas por dentro mesmo queria estar na cama e acordar apenas as 10h…
O pequeno conto me parece ser a realidade de muitos, atrás de subsistência, promoção ou apenas ganha pão (ou balada) suporta-se o paradigma da não-autenticidade, as vezes não porque não se quer, mas sim, por causa da repreensão social que circunda o nosso ser.
A pequena reflexão não vem para dar resposta, apenas para fomentar uma auto-crítica e dessa reflexão podermos olhar mais atentamente a nós e desenvolver a compaixão e empatia em nossas relações. Compreender que criamos enquanto seres humanos uma dissimulação da realidade, uma “matrix” que nos ilude e nos afastam um dos outros constantemente. Através do insulto, da pedra que se atira, estamos insultando a nós mesmos, nos agredindo diante do espelho, que é o outro, obviamente!