Madrugada a dentro com um café, uma seguidora (Milena Adrian) me sugere para abordar sobre a FUTILIDADE.
Pois bem, o que é futilidade? Pelo dicionário, futilidade é a característica de fútil, sem valor, sem importância, irrelevante. Mas o conceito de fútil é tão subjetivo como o próprio gosto por um saber, por uma cor, tão inato quanto a própria sexualidade. Cada um tem sua definição de fútil. Consumismo, balada, drogas recreativas, status etc.
Mas o que de fato é fútil? Pois bem, creio que fútil é tudo aquilo que de fato beira a banalidade. Geralmente quando jovens somos fúteis, coisa que com a maturidade, experiências, perdas e muita dor mudamos nossa forma de pensar.
Será que há graus de futilidade? Tenho comigo que sim, comprar um bala em comparação a dar o que comer a quem sente fome, talvez, seja algo fútil, um momento de prazer e alegria em comparação a qualquer infortúnio pode ser fútil. Nenhuma dessas comparação são plausíveis…
Futilidade é a característica intrínseca do idiota, do imbecil, do ignorante. O idiota voltado apenas a seu próprio umbigo, o imbecil que faz comparações absurdas e/ou conservadoras e por fim, o ignorante, não o leigo, o ignorante que ignora os fatos, a realidade, a dor e as desaventuras alheia.
A morte pode ser tão fútil quanto uma vida mal vivida, uma vida desonesta, ou uma vida na qual não se quer ser vivida. A morte pela guerra, pela fome, talvez seja um grau mais intenso de futilidade. E o consumismo de sexo, bens e afetos são a morte da alma que pede por socorro atrás de atenção.
Futilidade é ter e não ser, é ser aquilo que não se é, é aparentar algo que não é real (dissimulação), é fingir uma mentira sem a consciência da sua propagação (simulação).
Viver é fútil, morrer talvez seja a única saída dessa realidade macabra, onde o excesso de tudo é a regra da válvula de escape…