Banal, banalidade e banalização, afinal, o que realmente significa essas palavras? Vamos consultar um dicionário.
Banal: “Trivial; sem originalidade; que é comum ou ordinário: conversa banal.”
Banalidade: “Característica ou particularidade do que é banal; em que há ou demonstra trivialidade; lugar-comum” e/ou “Fato, circunstância, discussão ou conversa sem originalidade e relevância”.
Agora vamos abortar o conceito, o que é “banalização“?
Banalização é o ato de descaracterizar, desvalorizar algo que é importante, que lhe é caro, como os afetos, as condições humanas, as ações humanas etc. Mas como isso ocorre e como podemos evitar?
Ocorre quando, por exemplo, a perda de um ídolo se torna mais forte que a perda de um ente querido, que a dor que a família desse ídolo passa a ser algo normal perto da dor dos fãs; quando um afeto tão complicado de explicar, mas tão simples de sentir, como o amor é abordado de forma simplória na novelas, nos filmes etc.; quando a maldade é tão frequente que se torna cotidiana, normal, e passa desapercebida, negligência por todos. Isso ao meu ver é patológico, todos tão idiotas, sem reflexão, sem interesse para o que se passa a sua volta, egocêntricos, despreocupados com o que acontece em sua sociedade.
Legitimam, acham graça, dá até audiência, cria-se sensacionalismo, comoção irrelevante, chega até mesmo a pesar a consciência.
Um transmissora de televisão prefere passar a cerimônia da perda acidental de ídolos do futebol do que transmitir a canalhice de um congresso que está – me desculpe o linguajar chulo – cagando na boca da sociedade e no final soltando um peido na cara de todos nós ao legislar em causa própria e desonrosa para descaracterizar o crime de corrupção, ACABANDO com a democracia, com a representatividade, em suma, acabando com o Estado Democrático de Direito previsto na nossa carta magna em seu Art. 1º (CF/88).
É muito triste ver que somos todos idiotas ao não se indignar com o dito feito, é muito triste a indiferença perante a esse “estupro” moral, é muito triste ver que a dor de um ente querido se dissolve na dor dos fãs do filho, do pai, do parente idolatrado!